As placas gráficas (ou GPUs) de terminais móveis com Android são cada vez mais importantes quando se trata de medir seu desempenho, já que disso depende o comportamento ao jogar - principalmente se contiver gráficos tridimensionais e, também, do melhor ou pior gestão das imagens que aparecem no ecrã. O fato é que um novo modelo chega ao mercado: ARM Mali-G71. Contamos tudo sobre este componente.
Esta GPU foi um avanço do atual Mali (T880, que pode ser encontrado em dispositivos como o Galaxy S7, com o seu processador Exynos), por isso procura melhorar o desempenho e, claro, reduzir o consumo. E, para isso, conta-se com uma nova arquitetura, chamada Bifrost - Deixando para trás, portanto, o chamado Midgard-. Portanto, os nomes com referências à mitologia nórdica são mantidos.
Em dados concretos de melhoria, a empresa anunciou que o ARM Mali-G71 é 20% mais eficiente no setor de energia -em testes realizados em condições idênticas do que com o T880-, portanto as baterias são menos apressadas. E também, sua capacidade de gerenciar informações também é superior, situando-se em 40%. Assim, consegue-se que o pequeno espaço que as GPUs têm dentro dos processadores seja aproveitado muito melhor e denuncie um trabalho muito bom por parte do fabricante e designer.
Como isso é feito?
Pois bem, aumentando os elementos essenciais que constituem uma placa gráfica quando em funcionamento, como o “core shader”. Estes passaram de 16 do modelo atual para 32, o que dobra sua capacidade e potência de trabalho. Outros detalhes importantes do novo ARM Mali-G71 é que ele permite trabalhar com um Frequência máxima de 120 Hz -ideal para ambientes de realidade virtual- e, além disso, é capaz de trabalhar com resoluções de 4K e criar reduções de borda de multiamostragem (anti-aliasing). Cada vez mais perto das consolas de jogos, não há dúvida.
Como não poderia ser diferente, o ARM Mali-G71 é compatível com a API Vulcão -que será essencial no futuro próximo da tecnologia móvel, liberando CPUs de trabalho-. Além disso, inclui tecnologia CoreLink CCI-550, que permite que a placa de vídeo e os núcleos do processador usem a mesma memória, o que reduz o tempo de trabalho com dados (aumentando o desempenho em 1,5 em relação ao T80).
Vetorização quádrupla e mais
Esta é uma das grandes novidades da GPU ARM Mali-G71, pois permite que o trabalho em ciclo de clock seja realizado com maior velocidade sem perder a estabilidade ou aumentar a temperatura. O que isto significa é que a criação de gráficos em três dimensões (eixos X, Y e Z) é executada antes, o que favorece que a operação seja muito mais rápido. Assim, a mesma quantidade de informações é gerenciada antes, essencial para cursos de graduação.
Outra tecnologia utilizada pelo ARM Mali-G71 é chamada Gerente Quad. Com esse avanço, as instruções que são executadas são agrupadas de forma mais eficiente, para que sua compilação e posterior envio para a tela seja mais fácil para o hardware e, portanto, a estabilidade seja maior e o consumo de energia seja menor. Além disso, sombras e outros efeitos avançados também são favorecidos.
No anúncio da nova GPU ARM Mali-G71 foi indicado que os primeiros modelos que usarão processadores com este componente chegarão em 2017, portanto, os fabricantes já estão trabalhando em sua implementação. Assim, pensar que o Samsung Galaxy S8 o utiliza é totalmente viável. E, isso pode ser um salto qualitativo na hora de jogar e, claro, para o A realidade virtual.