Android, tecnologia háptica e um tablet. Isso é o que dois pesquisadores americanos precisaram para desenvolver um aplicativo com o qual ensinar matemática os deficientes visuais.
Jenna Gorlewicz, estudante de laboratório de medicina da Universidade de Vanderbilt, e seu professor de engenharia mecânica, Robert Webster, criaram um aplicativo que aproveita o sentido do tato para que os cegos possam aprender geometria, álgebra e outros exercícios que exigem representação visual para serem bem compreendidos.
O aluno programou o aplicativo, apoiado e premiado pela National Science Foundation, para que um tablet vibre ou gere um tom específico conforme o aluno toca uma linha reta, uma curva ou qualquer outra forma. O aplicativo reproduz centenas de sons e tons. Permite ainda criar ou ler gráficos do tipo X / Y, atribuindo uma frequência ao eixo horizontal e outra diferente ao vertical. Os pontos no espaço correspondem a tons diferenciados.
“Se um dos tablets estiver conectado sem fio ao computador do professor, quando ele projetar um gráfico ou uma equação no quadro, o mesmo gráfico aparecerá nos tablets dos alunos. Eles poderão usar o tato e a audição para acompanhar o conteúdo do que o professor está apresentando ”, explica Gorlewicz.
O aplicativo permitirá que os cegos não apenas aprendam matemática, mas também engenharia e outros ramos da ciência e da tecnologia. Já está sendo ensaiada com alunos de uma escola de ensino médio de Nashville, onde cegos frequentam aulas regulares acompanhados por um parceiro. Até agora eles tinham que usar objetos físicos e calculadoras especialmente adaptadas para os deficientes visuais. Além disso, o professor teve que prestar atenção especial a eles. Agora, com este aplicativo que ainda está em fase de testes, eles esperam acompanhar aqueles que veem.